Como nada no mundo vem de graça, é às vezes, à custa de muito cansaço, de um tempo que se poderia passar com a família, que o trabalhador acorda e vai à luta, batalhar por uma vida melhor, para se manter e ter a possibilidade de dar uma educação aos filhos, até para não lhes ver tendo que trabalhar, fora dos muros da escola.
Mas um dia ele acorda. Toma banho e café. Despede-se dos filhos, dá um beijo na mulher. Mas, ao chegar no ponto de ônibus, espera um minuto, uma hora, duas, e o que menos se via na rua era ônibus. Três. A essa hora, João já suava frio: era a terceira vez no mês que chegaria atrasado - assim ficaria difícil ser promovido no trabalho. O chefe, um senhor fechado e intolerante, disse que não aturaria mais um atraso.
O que teria acontecido, então?
A essa altura, João não queria nem falar no nome dela... Não podia ser! Mas eis que um vendedor de jornal passa e lhe estende a triste realidade: era a paralisação dos motoristas de ônibus! A terceira do mesmo mês.
Depois do meio-dia, até consegue chegar ao trabalho. E teve que dar explicações. Explicou. Explicou, e o patrão estava irredutível: "O ônibus não passou? Pegasse um motoboy!"
"Motoboy, caro?! E o dinheiro que eu lhe pago?". Não teve jeito - João foi demitido no mesmo dia.
A culpa é dos motoristas de ônibus que lutam por melhores salários? A culpa é apenas do chefe economista, que deseja maior eficiência de seus funcionários? A culpa é do desequilíbrio de nossa matriz viária.
A história desse trabalhador não é muito diferente da de milhares de brasileiros. Quem nunca chegou atrasado e perdeu muitos pontos no trabalho, na escola, ou até mesmo na faculdade, não sabe o que é depender de um serviço público tão deficiente, principalmente em nosso país.
A história desse trabalhador não é muito diferente da de milhares de brasileiros. Quem nunca chegou atrasado e perdeu muitos pontos no trabalho, na escola, ou até mesmo na faculdade, não sabe o que é depender de um serviço público tão deficiente, principalmente em nosso país.
O fato é que se parássemos de depender apenas do transporte rodoviário ou desse modelo de transporte mais antigo que Jesus Cristo, [/ironia], mais caro e mais poluente, que é o ônibus - seu João não perderia o emprego e aqui em casa não ficaria sem Jandira pra fazer faxina na sexta passada. (momento intimista mode on)
E você ainda pensa que não podemos fazer nada pra mudar isso? Podemos! Temos até o dia 30 desse mês para adotarmos o VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos na cidade de Salvador. A oportunidade que faltava para passar na Paralela e não pegar engarrafamento, sem ser em sonho =D.
Não conhece o movimento? Acesse http://www.vltemsalvador.blogspot.com
E quem puder, assine o abaixo-assinado online de nosso movimento:
A capital do estado da Bahia não pode parar!